Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer, e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague
Pelo prazer de chorar e pelo "estamos aí"
Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir
Um crime pra comentar e um samba pra distrair
Deus lhe pague
Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui
O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir
Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair
Deus lhe pague
Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir
Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir
E pelo grito demente que nos ajuda a fugir
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague
Chico Buarque
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Árboles de agua - Concha Buika
Árboles de agua sobre el río lloran,
Lágrimas de lluvia imploran.
La tierra no bebe desde que te fuiste,
Ni un beso mi diste
El camino blanco que lleva a tu casa
sigue tan vacío, nadie pasa.
Tan solo algún niño perdido jugando...
Como te extraño.
Son tus caricias las que cambiaron mi vida,
Pero es tu ausencia la que domina mi pensamiento,
Y cada noche baila mi mente con tu recuerdo
De madrugada,
Soñando que volverás mañana
Me ha dicho la luna que una vez te vieron,
Ibas de la mano de otro caballero,
Condenada luna seguro mentía,
Tú solo eres mía.
Son tus caricias las que cambiaron mi vida
Pero es tu ausencia la que domina mi pensamiento
Y cada noche baila mi mente con tu recuerdo
De madrugada
Soñando que volverás mañana
Soñando que volverás mañana
Árboles de agua
sobre el río lloran.
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