segunda-feira, 3 de agosto de 2009



Já me matei faz muito tempo.
Me matei quando o tempo era escasso
E o que havia entre o tempo e o espaço
Era o de sempre
Nunca mesmo o sempre passo.
Morrer faz bem á vista e ao baço,
Melhora o ritmo do pulso
E clareia a alma.
Morrer de vez em quando
É a única coisa que me acalma.

Paulo Leminski (fragmento)

Índias da tribo Guaraní, São Miguel das Missões - RS


"Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto

Esse eterno levantar-se depois de cada queda

Essa busca de equilíbrio no fio da navalha

Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo

Infantil de ter pequenas coragens"

O haver (fragmento)
(Vinicius de Moraes)