segunda-feira, 3 de agosto de 2009



Já me matei faz muito tempo.
Me matei quando o tempo era escasso
E o que havia entre o tempo e o espaço
Era o de sempre
Nunca mesmo o sempre passo.
Morrer faz bem á vista e ao baço,
Melhora o ritmo do pulso
E clareia a alma.
Morrer de vez em quando
É a única coisa que me acalma.

Paulo Leminski (fragmento)