sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Tai galera um curta feito nas aulas que lecionei durante os últimos meses do ano,

na Esclo Estadual Brasilio Machado, com os alunos do Ensino Médio. Este filme é a prova que

podemos fazer algo mais quando alunos e professores unidos tem interesse na educação.

"Não acredite nos que sabem tudo, os que muito sabem, sabem que tem muito aprender. A educação é do tamanho da vida. Não há começo, não há fim. Só traessia" Rubem Alves

Aproveito para agradecer as todos funcionários e alunos em especial a Stephanie Tenório (narração e texto) e o amigo Lucas Lyra (edição) que foram importantes colaboradores neste projeto, Muito Obrigado!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Cantemos louvores ao Rei!


Coral da Igreja Evangélica Viver em Cristo

No mesmo instante apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra entre os homens a quem Ele quer bem. Lucas 2:13-14

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Natal em Sampa


a fumaça de um cigarro
solta no ar
invade minhas narinas
Apresso os passos
cada vez mais largos
na larga calçada
da Avenida Paulista
É uma noite quente
esbarro em passantes,
pessoas se espremem
e fazem pose,
é a fotografia de Natal,
registro de uma cidade iluminada,
não só de faróis de automóveis,
mas das luzes que enfeitam árvores e edifícios
registro de sons
não só de buzinas de motoboys apressados,
son da bandinha,
son do coral,
A São Paulo da correria, parece parar diante da data
mas só por alguns minutos,
Como agente sabe que o bom velhinho não existe
é melhor cuidar dos presentes e trabalhar...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Últimas semanas de 2008
Ufa!! Foi um ano de muitos acontecimentos!
Dores que pareciam que não iam passar,
Ano de descobrir que amigos eram apenas colegas,
Descobrir que ensinar é um dom,
Que a fé move montanhas,
Que meu humor é incrivelmente instável,
Que o coração dói,
E quando dói a música é um belo remédio,
Que o Rio de Janeiro é mesmo lindo,
Que Deus é bom o tempo todo...

"Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos" Luiz de Camões

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

10 Anos - Série Metrô Sumaré


"Não queremos enclausurar as nossas obras em museus, onde só os que dispõem de tempo podem ir vê-las, e não, seguramente, os trabalhadores. Se o povo não consegue visitar museus, faremos as exposições nas ruas, nos lugares de encontro dos operários. Pintaremos os muros da ruas, as paredes dos edifícios públicos, dos sindicatos de todos os cantos onde se reúne gente que trabalha" Siqueiros, 1921.


Num certo dia Flemming convida transeuntes da Avenida Paulista. para uma seção fotográfica, pessoas sem qualquer preparação ou glamour, retiradas da opacidade da grande metrópole, estava instaurado um projeto imbriónário, que levaria anos para ser constituído.


Os rostos de diferentes feições foram impressos sobre a placa de vidro que depois recebe uma película literária, Flemming escolheu um poema para cada personagem, todos de autores diferentes, diferentes momentos da poesia Brasileira.

A Condição humana é colocada em discussão, enfatizando a valorização da pessoa anônima, são onze mulheres e onze homens, prontos para serem decodificados, descobertos, para isso é preciso empenho do espectador, que encontra rostos e suas etnias cobertos por poesias com cortes silábicos não usuais, por alguns momentos saímos de si, e embarcamos numa viagem distinta a um mundo poético e imaginário, toda a multidão parece desaparecer estamos numa troca de informações espectador e obra de arte.



"Como um presente ou uma benção, os textos dos poemas são
colocados sobre as imagens maculadas pelos dias de trabalho e de
existências, carimbando-os com nova vida. Brincando com a fluidez
das letras, todas truncadas e fragmentadas sobre os rostos, e com
cores, todas vibrantes e diversas, o artista ainda soma uma dose de
humor a cada uma das pessoas humanas ali retratadas". Kátia Canton, 2002.

A cada viagem, a cada olhar os vinte retratos enfileirados, na estação Sumaré do metrô de São Paulo, nos dizem uma coisa nova, Alex Flemming homenageia o ser humano, anônimo, o trabalhador, sua arte denuncia e aponta a importância de valorizar o ser.


"Eu quero um diálogo com a pessoa, um diálogo com a obra
de arte. e eu pondo uma imagem de um homem ou de uma
mulher anônima com uma poesia escrita de uma maneira
diferente eu forço o espectador a tentar decifrar tanto o outro
quanto apoesia, não digo a alma da outra pessoa, mas a idéia
de você tentar decifrar a outra pessoa, todos nós temos poesias" Alex Flemming., 2007.

Poema de sete faces

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.Tem poucos, raros amigoso
homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Sorri

Sorrir
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorrir
Quanto tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorrir
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doloridos
Sorrir
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz


Djavan
Composição: Charles Chaplin/G.Parson/J. Turner - versão: Braguinha