Quem é o homem que teve o poder
De andar sobre o mar ?
Quem é Ele que pode fazer o mar se calar ?
No momento em que a tempestade vier te afogar,
Ele vem com toda autoridade e manda acalmar.
Quem é o homem que teve o poder de fazer Israel
Caminhar por entre as águas do Mar Vermelho.
Fez caminho no meio do marPara o povo de Israel passar.
Do outro lado com os pés enxutos
Puderam cantar: O hino da vitória
Quando estiver frente ao mar
E não puder atravessar
Chame este homem com fé
Só Ele abre o mar.
Não tenha medo irmão
Se atrás vem Faraó
Deus vai te atravessar
E você vai entoar o hino da vitória
Toda vez que o Mar Vermelho tiver que passar,
Chame logo este homem para te ajudar.
É nas horas mais difíceis que Ele mais te ver,
Pode chamar este homem que Ele tem poder.
Se passares pelo fogo não vai te queimar.
Se nas águas tu passares não vão te afogar.
Faça como Israel que o mar atravessou
E no nome do Senhor o Hino de Vitória
No outro lado cantou
sábado, 30 de maio de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Documentário GARAPA
Mãe de onze filhos, ela não sabe quantos anos tem.
Mãe de três filhas ela não tem certidão de nascimento e o marido bebe sem controle.
Ela chora enquanto prepara a garapa, única refeição do dia.
Eles os maridos, desempregados.
Na caatinga nordestina ou na periferia da capital Cearense a fome entristece e desnutri famílias.
Rostos castigados pela seca e a fome, são os principais personagens do documentário "Garapa" de José Padilha, o filme desperta compaixão e vergonha, qualquer pipoca fica indigesta, o diretor de Tropa de elite, acompanha o dia-dia de três famílias, com a FOME, embora ausente das manchetes dos jornais e das preocupações da maioria, continua a atingir uma enorme fatia da população brasileira.
As beleza de crianças desnudas que brincam e se contorcem no começo do filme, desaparece em meio as milhares de moscas que também tentam se alimentar, neste caso da mistura de água e açucar e escorre pelo corpo dos meninos. Além disso como tudo no filme feridas surgem rodeadas dos insetos.
- "essa criança perebenta o dotô disse que é alergia, eu não sei que alergia é essa que não acaba,
disse que tinha que acabar as muriçoca, sei não".
"Se vocês não têm comida para alimentar a família, por que continuam tendo filhos?".
O pai responde: "Deus da" ri...
“Quis fazer um filme o mais simples possível, com o mínimo de alegorias e de informações que fossem além da história daquelas famílias”, disse Padilha.T
Crombie - Sem vaidade
Ao dia que passa
esperança no amanhã
Aos livros ainda não lidos
desapego às coisas vãs
À falta do céu estrelado
Luzes sobre o mar da cidade
Ao coração apertado
alívio na eternidade
Às lindas cantigas cantadas
ouvidos agradecidos
Ao silêncio que sopra
vento com som de riso
Muitos sonhos por realizar
mas ainda temos pouca idade
Com a terra que sujou a calça
vivemos sem vaidade...
esperança no amanhã
Aos livros ainda não lidos
desapego às coisas vãs
À falta do céu estrelado
Luzes sobre o mar da cidade
Ao coração apertado
alívio na eternidade
Às lindas cantigas cantadas
ouvidos agradecidos
Ao silêncio que sopra
vento com som de riso
Muitos sonhos por realizar
mas ainda temos pouca idade
Com a terra que sujou a calça
vivemos sem vaidade...
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Deus é amor - Gal Costa
Todo mundo vai embora
Pois a chuva não quer parar
Ninguém mais quer ficar
Só eu, sozinho, vou me molhar
Mas eu tenho fé
Que a chuva há de passar
E aquele sol tão puro
De manhãzinha bem quentinho há de chegar
E os passarinhos vão cantar
Pois a alegria vai voltar
E todo mundo que foi embora vai voltar
Agradecendo a Deus
Todo mundo vai rezar e cantar
Deus é a vida
A luz e a verdade
Deus é o amor
A confiança e felicidade
Pois a chuva não quer parar
Ninguém mais quer ficar
Só eu, sozinho, vou me molhar
Mas eu tenho fé
Que a chuva há de passar
E aquele sol tão puro
De manhãzinha bem quentinho há de chegar
E os passarinhos vão cantar
Pois a alegria vai voltar
E todo mundo que foi embora vai voltar
Agradecendo a Deus
Todo mundo vai rezar e cantar
Deus é a vida
A luz e a verdade
Deus é o amor
A confiança e felicidade
sábado, 2 de maio de 2009
Morte e vida Sevenina - João Cabral de Melo Neto
O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mais isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
alguns roçado da cinza.
Mas, para que me conheçam
melhor Vossas Senhorias
e melhor possam seguir
a história de minha vida,
passo a ser o Severino
que em vossa presença emigra
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mais isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
alguns roçado da cinza.
Mas, para que me conheçam
melhor Vossas Senhorias
e melhor possam seguir
a história de minha vida,
passo a ser o Severino
que em vossa presença emigra
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