Hoje o MASP, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, inaugurou a exposição "De dentro pra fora, de fora pra dentro", uma mostra espetacular de arte urbana, que traz o que há de melhor (se que eu posso avaliar assim) de arte de rua. Do grafite a instalações de artistas contemporaneos.
O museu de projeto ousado, de arquiteto ousado (como Lina gostava de ser chamada) suspenso diante da caótica Avenida Paulista, é um Centro Cultural daqueles, das multicores, onde acontece de tudo: Música, cinema, seminários, leitura dramática e é claro belas e apaixonantes exposições, como as que estão em cartaz, Rodin (Esculturas e fotografias do ateliê do artista, obras do Museé Rodin de Paris) Walker Evans (Mais de 120 imagens detalham a perspectiva do fotógrafo sobre a sociedade americana dos anos 20 ao início da década de 70), A arte do Mito (exposição com obras da coleção do Masp com o tema: Mitologia) , Olhar e ser Visto (celebra a arte do retrato e do auto-retrato do século 16 aos nossos dias). Tudo isso distribuído entre os três andares expositivos do Museu, que sempre foi um marco arquitetonico e cultural da cidade de São Paulo.
A festa de hoje, trouxe gente de diferentes grupos sociais, todos reunidos em favor da arte, sem preconceitos, como Masp deveria ser se não fosse a "falta", talvez de compreensão (não sei bem se a palavra é esta) falta, de entender que importante é a MANIFESTAÇÃO, manifestar-se a favor de algo, seja "pichaação" ou as belas formas de uma escultura de Rodin. É! parece muito diferente mas o Zezão ou o Rodin, exalam arte de maneira distinta, porém provocam o olhar do espectador de maneira muito curiosa e parecida, mas este não aceitar um museu multidiciplinar (coisa de professor) faz parte do manifestar-se!
Ver o museu alegre cheio de jovens sorridentes pareceu algo para acalmar os ânimos de uma instituição que acaba de perder seu mais antigo e melhor funcionário, Luiz Hossaka, que dedicou sua vida ao Masp, e me contava deste museu que escrevo, arbitrário e talvez paradoxal, o próprio Hossaka, relatava as histórias de um centro cultural, que tinha como missão receber a arte, seja de um artista famoso, seja de uma artesão do nordeste, como pode ser visto na coleção. "O Bardi ainda escrevia uma carta agradecendo a doação" dizia o Sr. Luiz.
Mas quando vemos a grande quantidade de visitantes, do museu mais visitado de São Paulo, quando nos deparamos com grupos de escola, quando viajamos e ouvimos falar do Masp, percebemos, se este não é um museu completo, é o melhor museu do Brasil, dos brasileiros.
Um comentário:
Como diria o Rafinha, este museu é féra!! rs
Belíssimo texto! Pena que perdi a festança... ;)
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