"O fotógrafo tem a mesma função dos poetas: eternizar o momento que passa"
Mário Quintana
Quando o poeta evidencia uma das proezas dessa arte tão presente neste século, que é a
preocupação pela memória; isso nos tem transformado em admiradores da fotografia que
é o ato de guardar os momentos.
Porém poucos são como os poetas que não estão compromissados em guardar atividades sociais, tal como a festa de aniversário de um ano de seu filho.
Quando o poeta evidencia uma das proezas dessa arte tão presente neste século, que é a
preocupação pela memória; isso nos tem transformado em admiradores da fotografia que
é o ato de guardar os momentos.
Porém poucos são como os poetas que não estão compromissados em guardar atividades sociais, tal como a festa de aniversário de um ano de seu filho.
O momento que o poeta cita é algo mais "profundo", é o apropriar-se da coisa fotografada,
violar as pessoas ao vê-las como elas nunca foram vistas, ou nunca se viram.
É fotografar o silêncio que emana de rosto coberto pela mão calejada de um morador do assentamento de sem terras no nordeste das Minas Gerais; registrar a perseverança do pescador ao tentar lutar contra o mar revolto em Saquarema, no Rio de Janeiro, que junto às chuvas das últimas semanas devastou também o cemitério mais antigo da cidade; ou quem sabe uma simples imagem com essência amadora de uma bicicleta encostada em uma árvore no Litoral Norte de São Paulo.violar as pessoas ao vê-las como elas nunca foram vistas, ou nunca se viram.
Talvez se voltássemos no tempo, a bicicleta não estaria mais lá, pois o momento é algo imprescindivel, mutável e essa é uma das funções da fotografia eternizar o sentimento, a beleza e o movimento.
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