sábado, 14 de abril de 2012

Noite de estrelas

Arde na terra a solidão da lua
 Iluminando meu olhar perdido
 Entre campinas, abismos, chapadas...
 Meus olhos queimam a última lembrança
 Como fogueira em noite de estrelas

Me deito só, com vista para o mundo
 Calando fundo meus sonhos, minhas queixas,
 Mas alço vôo em busca de teus passos
 Piso descalço na terra do teu corpo
 Suave passo, suave gosto, cheiro de mato
 Meu braço lasso, eu lanço em segredo.

Vem ser meu canto, meu verso, meu soneto
 Vem ser poema no árido deserto
 Serei oásis, silêncio, festejo
 Serei sertão nas horas de aconchego...

Maria Bethania

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