segunda-feira, 7 de abril de 2008

"no sossego e na confiança estaria nossa força" (Is 30.15)

Para conhecermos realmente a Deus é absolutamente necessário haver silêncio em nosso interior. Lembro-me de quando, pela primeira vez, percebi isso. Havia surgido uma situação de grande emergência em minha vida. Cada parte do meu ser parecia tremer de ansiedade, e a necessidade de uma ação imediata e decisiva parecia impelir-me com força; no entanto, as circunstancias eram tais que eu não podia fazer nada, e a pessoa que podia, não fazia um movimento sequer.
Por um pequeno espaço de tempo, foi como se eu fosse ficar em pedaços, por causa do tumulto interior em que me achava; de repente uma voz mansa e delicada segredou no profundo do meu ser: "Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus". A palavra veio com poder, e eu atendi. Sujeitei meu corpo a uma grande quietude, obriguei meu conturbado espírito a acalmar-se, olhei para cima e esperei; então "conheci" que era Deus, Deus mesmo, que vinha, naquela emergência e dificuldade, para resolver meu problema; descansei nele. Foi uma experiência que eu não queria ter perdido por preço algum, e devo acrescentar a dificuldade, que em estar quieta estava a minha força.- Hannah Whital
Existe uma certa passividade que não é indolência, é uma quietude viva, nascida da confiança. Tensão quieta não é confiança. É simplesmente ansiedade reprimida.
Manaciais no Deserto