quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Voltando da escola pra casa.
na minha frente caminham dois homens,
sujos, um descalço e com uma garrafa de pinga na mão, eles conversam:
- Vai dar certo (algo do tipo), tem um hino que diz Deus responde. Dizia um dos mendigos "evangelizando" o outro.

Aquela cena me impressionou, as vezes queremos falar de Deus e de mudanças que afirmamos, acontecem na nossa vida, mas somos iguais estamos na mesma ou em pior situação que a do outro como mendigo. O testemunho tem uma importância maior do que imaginamos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

PRO DIA NASCER FELIZ

"Eu poderia ser uma adolescente normal se não tivesse uma família formada por 11 pessoas.
Eu deveria ter sido uma criança normal se não fosse as responsabilidades que eu cumpria.
Eu deveria gostar do que faço se não fosse obrigada a fazer.
Eu deveria frequentar ambientes de lazer se não tivesse que trabalhar.
Eu deveria reclamar quando dizem algo que não gosto, se não tivesse inspiração
para descrever cada situação.
Eu poderia reivindicar quando sou julgada injustamente, mas calo-me e a humildade
prevalece.
Eu deveria ter uma péssima impressão da vida se não fosse a paixão que tenho pela
arte de viver."

Valéria, 16 anos - Manari, Sertão de Pernanbuco.

- Um filme sobre meninos e meninas que vivem a pressa de saber que são -

Definido pelo próprio diretor João Jardim como "um diário de observação da vida do adolescente no Brasil em seis escolas", Pro dia nascer feliz flagra o dia-dia e adentra a subjetividade de alunos e alunas e alguns professores nas seguintes cidades: Manari, Pernambuco uma das cidades mais pobres do Brasil, a violenta Duque de Caxias no Rio de Janeiro e no Estado de São Paulo, temos o rico bairro Alto de Pinheiros na capital e a precária Itaquaquecetuba a 50 km do centro da cidade.
Um filme que mostra o adolescente no seu mundo, seus sonhos, que muitas vezes se confundem com jovens de diferentes realidades. Um retrato do Brasil de diferenças e injustiças sociais visto de maneira poética e emocionante.
estamos meu bem por um triz...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vivemos num mundo solitário

Um amor interminável?
Uma obsessão?
Andamos sedentos de Amor e atenção...
E quando recebemos o carinho que esperamos
não desgrudamos da vítima
Agimos como se fossemos donos
Donos da vida, dos sentimentos de pessoas
Andamos sedentos de palavras
E quando recebemos:
não paramos de falar
Vivemos num mundo solitário
E quando alcançamos alguém
nos deparamos com o medo
O medo plantado num coração vazio
O vazio conhecido e citado pelos psicólogos do novo século
Vivemos num mundo solitário
E nos engajamos numa grande amizade ou num amor doentio
E o medo obriga, intriga e mastiga a alma
O sequestro acontece
O tiro soa e dói aos ouvidos
a morte chega
junto a perda do carinho, do amor e da atenção...
Com as lágrimas, vem
a doação o perdão
Coração pra ti
ar pra você
visão pra quem precisa enxergar melhor
veio a perda, pra que houvesse novas vidas



Comida

bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de quê?
você tem fome de quê?
a gente não quer só comida,
a gente quer comida,
diversão e arte.
a gente não quer só comida,
a gente quer saída para qualquer parte
a gente não quer só comida,
a gente quer bebida, diversão, balé.
a gente não quer só comida,
a gente quer a vida como a vida quer.
bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de quê?
você tem fome de quê?
a gente não quer só comer,
a gente quer comer e quer fazer amor.
a gente não quer só comer,
a gente quer prazer pra aliviar a dor.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer dinheiro e felicidade.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer inteiro e não pela metade.
bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de quê?
você tem fome de quê?

(Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto)

sábado, 18 de outubro de 2008


Irmãos Peruanos, Louvam ao Senhor em segunda visita a Igreja Evangélica Viver em Cristo de Suzano.
Os missionários são de Arequipa cidade localizada no sul do Perú.




quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sobre todas as coisas


Pelo amor de Deus
Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem
Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém
Abandonado pelo amor de Deus

Ao Nosso Senhor
Pergunte se Ele produziu nas trevas o esplendor
Se tudo foi criado - o macho, a fêmea, o bicho, a flor
Criado pra adorar o Criador

E se o Criador
Inventou a criatura por favor
Se do barro fez alguém com tanto amor
Para amar Nosso Senhor

Não, Nosso Senhor
Não há de ter lançado em movimento terra e céu
Estrelas percorrendo o firmamento em carrossel
Pra circular em torno ao Criador

Ou será que o deus
Que criou nosso desejo é tão cruel
Mostra os vales onde jorra o leite e o mel
E esses vales são de Deus

Pelo amor de Deus
Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem
Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém
Abandonado pelo amor de Deus

Composição: Edu Lobo/Chico Buarque de Hollanda

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

15 de Outubro Dia do Professor!


Ser professor é mais do que transmitir o que se aprende
Ser professor hoje em dia é ser conselheiro, amigo
é ter salário baixo e trabalhar muito.
Ser professor é influenciar, quando pensa que ninguém presta atenção em você,
mobilizar, levantar bandeiras...
Ser professor é dizer sim, enquanto muitos dizem não.
É dizer vai dar certo, acredite! pra jovens sem esperança e muitas vezes cansados
de uma vida que só esta começando.
É ir com sua aula pronta e muitas vezes voltar triste por aquele aluno que não levou
seu trabalho a sério.
Mas não desistir!
É escutar:
- você é professor, coitado!!
Enquanto agente se sente honrado em ter uma profissão tão bela e construtiva.
Ser professor é ter coragem para negociar com traficantes o uso da quadra.
Ser professor é ter a confiança de pais, que trabalham e não podem estar com seus filhos, pessoas simples que te chamam de senhor e agradecem pelos ensinamentos a seus filhos.
Ser professor é ser humano, que aprende ensinando e ensina aprendendo.


Somos ou não corpo de Cristo?

O Grupo entra no trem, depois de mim
Quatro homens e dois adolescentes, eles abrem um pacote de bolacha água e sal, pessoas simples, dividiam o alimento entre si

- Come irmão, um dos integrantes do grupo de amigos me oferece a bolacha, agradeço e digo que estou sem fome, pergunta se venho do trabalho digo que sim, falo que sou professor ele se assusta e pergunta minha idade, acredita que sou muito jovem me parabeniza e explica que eles são de uma clínica de tratamento de viciados em drogas e álcool, aponta para os dois adolescentes um de 13 outro de 15 anos que são dependentes de drogas.

- Vou cortar seu cabelo, brinca um dos adultos

- Não o Pastor falou que era só pra baixar um pouco, corta o do meu irmão então, responde o garoto, com um corte moderno de cabelo

- Deixa seu irmã pra la, a salvação é individual, conclui rindo o adulto.

Eles abrem uma garrafa de refrigerante, e lembram que não tem copos, "Não tem problema agente bebe no gargalo mesmo, somos ou não somos um só corpo, corpo de Cristo?",
pessoas viam a cena, com nojo e só enxergavam um grupo de pessoas maltratadas pela sociedade e pelo vício.

Eu via espernça naqueles rostos marcados por dores de um passado triste, pessoas simples que dividiam o alimento, unidos para viver e vencer o vício unidos pela fé no Salvador que os libertara.

domingo, 12 de outubro de 2008

http://br.youtube.com/watch?v=itDK3wo3GYU

Toma Meu Coração - Prisma Brasil

Este é meu desejo
Senhor, Te honrar
Com meu coração, Te adorar
Tudo o que há em mim
Te dá louvor
Só a Ti adoro, meu Senhor

Toma o meu coração
E toda a minha alma
Eu vivo só pra Ti
Sempre que eu respirar
Cada vez que eu acordar
Faze o Teu querer em mim

Este é meu desejo
Senhor, Te adorar [ com meu coração ]
Com meu coração, Te adorar
Tudo o que há em mim
Te dá louvor [louvor ]
Só a Ti adoro, meu Senhor [ meu Senhor ]

quinta-feira, 9 de outubro de 2008


Isaías 40: 25-31

A quem, pois, me comparareis, para que eu lhe seja semelhante? diz o Santo.

Levantai ao alto os vossos olhos, e vede: quem criou estas coisas? Foi aquele que faz sair o exército delas segundo o seu número; ele as chama a todas pelos seus nomes; por ser ele grande em força, e forte em poder, nenhuma faltará.

Por que dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está escondido ao Senhor, e o meu juízo passa despercebido ao meu Deus?

Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento.

Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor.

Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão,

mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão

sábado, 4 de outubro de 2008

Abril Despedaçado


Abril 1910 - Na geografia desértica do sertão brasileiro, uma camisa manchada de sangue balança com o vento. Tonho, filho do meio da família Breves, é impelido pelo pai a vingar a morte do seu irmão mais velho, vítima de uma luta ancestral entre famílias pela posse da terra.
Se cumprir sua missão, Tonho sabe que sua vida ficará partida em dois : os 20 anos que ele já viveu, e o pouco tempo que lhe restará para viver. Ele será então perseguido por um membro da família rival, como dita o código da vingança da região. Angustiado pela perspectiva da morte e instigado pelo seu irmão menor, Pacu, Tonho começa a questionar a lógica da violência e da tradição. É quando dois artistas de um pequeno circo itinerante cruzam o seu caminho...
"Fiquei atraído pela qualidade mitológica do confronto ancestral narrado por Kadaré - este embate trágico entre um herói obrigado a cometer um crime que não quer e o destino que o impele à frente. Atraído por um mundo que antecede ao tempo, que antecede a palavra, que é feito de não ditos, de olhares. Um "huis-clos" a céu aberto, ao mesmo tempo intimista e épico."
Walter Salles

Não só o céu verdadeiramente azul do Nordeste se repete neste filme "obra prima", a mesmice incomoda, não há alegria naquela casa suja, como os bois que andam em circulo para moer a cana assim também é a vida dos encardidos moradores, que não tem tempo pra si mesmo, o silêncio dita a hora da morte, o olhar de Tonho fala... Mas Menino, sem nome, o livro, presente de personagens de um circo, culpados pela mudança, instiga o garoto a sonhar, só que pra morte não a tempo pra sonhar, é no sonho que ele busca diminuir a dor de quem defende o irmão herói.